domingo, 7 de novembro de 2010

Nostalgia sem chuva





Palavra tão pequena, mas cruel, fria, uma escolha agonizante que na verdade ninguém pensa ou quer fazer. Abdicar!
 Hoje é tão difícil deixar as coisas para trás, pois o medo de esquecer sempre vem no meu peito, ele fica indeliberadamente contraído, nó na garganta, perca de fôlego, mas, uma coisa falta, Onde estão as lagrimas? Aonde elas foram? Onde ficaram? Desde a GRANDE TRISTEZA não chove.
   Gosto da chuva, ela dissipa as impurezas, lava, desanuvia, nutri, refresca e fortalece fazendo com que cada gota seja uma lembrança que me fez sorri ou que fez me chorar, me fez calar ou gritar, me transformando e me moldando em tudo que sou hoje.
   A forma mais imediata de levar minha alma está escondida, camuflada por minhas fortalezas e meus refúgios, mas o pior é que eles serão os responsáveis para que chova. Tenho certeza que está preste de surgir uma nova rosa de Hiroshima e preciso me preparar para a dor do sentimento que virá e abalará todo o meu ser, tenho medo, resistir parece impossível, mas dos calafrios vêm às convolações, das perguntas às repostas, das indecisões vêm às certezas, das convivências às amizades, da distancia nostálgica vem à saudade e desta voltarei a ver a chuva.

Osvaldo 

Um comentário:

  1. Realmente minha amiga cris você descreve a vida de uma forma sublime e maravilhosa de um doce encanto fantastico e gosto do seu jeito de escrever pois poem a alma e a vida adjunto ao encontro das palavras parabens

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